quinta-feira, 19 de maio de 2011

Afogo-me

Estou -me a afogar em ti, nas nossas recordações, mágoas, tristezas, dor são os sentimentos que  sofocam lentamente o meu peito.
Afogo-me nas memórias vagas e sombrias, sem nada a temer enfrento o que me assusta por dentro, minhas lágrimas escorrem sem parar, sem sentir nada deixo-me levar pelos pensamentos ruins que matam a minha cabeça, o tempo já não existe agora sinto-me livre, livre para morrer pois tudo desapareceu à minha volta. Devo lutar contra estes sonhos que me tentam afogar enquanto durmo, mas ai a tua imagem reflecte-se em mim como um espalho, então ai eu perco o medo e decido me entregar nos teus braços, para que tu me puxes do imaginável.
Mesmo assim o meu fim está traçado, o meu fim está próximo afogando-me nas águas profundas e escuras, solto a tua mão para que tu me deixes ir, ir para o fundo do oceano. Assim Afogo-me sem uma única lágrima mais deitar.

domingo, 15 de maio de 2011

Não existe nada mais triste do que perder a alma ou dizer adeus a tudo o que temos, meu coração foi arrancado da forma mais drástica que pode haver, roubaram meu presente e o meu futuro, as estrelas já não brilham, e eu agora tenho que carregar com o peso do meu passado.
É tão simples morrer, mais nada importa mais nada magoa tudo o que resta são as cinzas de um adeus, agora a noite caiu para mim já não amanhece, sinto que caí da pior forma e já não tem mais jeito, porque  na vida nada nem ninguém pode voltar a trás seja qual for a decisão.Tudo na vida tem um preço a pagar de uma consequência, todos os nossos actos são feitos porque não sabemos escolher o caminho certo por onde passar, magoamos as pessoas porque por vezes somos rudes e egoistas, é isso que nos torna fracos e imprudentes.
 Agora sinto que minha alma estará para todo o sempre na escuridão, não terá volta fui esmagada pelo o preço dos meus antepassados, agora morri, morri sem nada a declarar estou morta e o que só tenho a minha volta é o vazio, o vazio das consequências de vidas perdidas.
 

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Nascida para morrer

Agora minha vida é uma incógnita, não sei o que espero do amanha. Ele transforma-se num conto de terror, meu sangue será derramado à luz da lua e com ele o luar será imortal, tudo o que menos queria era que inocentes morressem por minha causa.
Tudo se tornou numa perfeita confusão, já não tenho nada a perder é o fim.
A minha hora chegou, presas afiadas serão cravadas nas minhas veias e tudo acabará em breve. O sol passará a ser insignificante para mim, nasci para morrer, sem nada nem ninguém, serei uma página esquecida, alucinações se transformaram na minha mente em lapsos, e eu acabarei por adormecer nos braços que menos espero. A morte.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Nada para além do vazio

Quem sou eu, sou a pessoa que está perdida e que bateu no fundo do abismo, todos os dias olho-me mas vejo que a pessoa que lá está não sou eu, é a pessoa que me tornei, tudo morreu em mim, pois estarei morta à anos fechada no meu túmulo sozinha.
Agora a escuridão invade o meu peito sinto que estou a cair e que continuo mas não paro, onde estou? não sei, não sei mais quem sou eu, talvez a pessoa mais vazia que existe, agora sei que que a minha alma vagueia pela noite vasta e sombria, não tenho nada, tenho repulsa de mim própria porque tudo o que vejo ao espelho é simplesmente um fantasma, um fantasma que se esconde por de trás de um corpo sem nada somente vazio.
Estou confusa e desesperada, tenho meu coração defeito em desilusão e mágoa, minha vida é uma história por contar ao qual será guardada num lugar que ninguém poderá lá ir. Sou a pessoa que as sombras procuram, nada me resta, só mesmo fechar os olhos e saltar para o infinito e continuar a cair, pois agora sei onde irei parar